Full Cycle é uma terminologia criada em 2018 pela Netflix num momento em que eles precisavam entender qual era a melhor forma de entregar os produtos que eles estavam produzindo. Nós inclusive fizemos uma entrevista com o Greg Burrel da Netflix, um dos idealizadores desse modelo, assista aqui. Depois de diversas tentativas frustradas eles finalmente conseguiram integrar a melhor equipe para entregar o software da melhor forma possível.
Eles perceberam que, se um desenvolvedor conseguisse fazer parte de todo o ciclo de desenvolvimento de um software, ele também teria mais liberdade como um especialista daquele projeto e não dependeria do pessoal de infraestrutura para subir a sua aplicação.
Por isso Full Cycle corresponde aos desenvolvedores que possuem habilidades e entendem de ferramentas para arquitetar, desenvolver, testar, fazer deploys e, eventualmente, monitorar a aplicação.
Um fato interessante é que esse tipo de desenvolvedor tem um grande senso de ownership, fazendo com que ele se sinta dono do serviço e da aplicação que ele está desenvolvendo, ao invés de se limitar aos padrões de especialização.
Atualmente muitas empresas trabalham assim, separando aplicações em microsserviços e contratando muitos desenvolvedores para cuidarem de cada produto, cada um trabalhando em cada microsserviço para tornar essa tarefa mais fluida.
Se você tem algo muito complexo para resolver e pode dividir isso em serviços menores, separando um time para trabalhar nessa solução, no fim esse grupo consegue cuidar da aplicação. Eles irão integrar e entregar a aplicação do começo ao fim, então se alguma coisa der errado eles entendem que são responsáveis por isso.
Full Cycle x Full Stack
Um detalhe importante a se destacar é que Full Cycle é muito diferente de Full Stack, muito embora alguns desenvolvedores se confundam em relação a isso. O desenvolvedor Full Stack normalmente domina diversos stacks de ferramentas com o objetivo de entregar soluções, seja Back End, Front End ou mobile, por exemplo.
Esse tipo de desenvolvedor pode entender de PhP para Back End; de React para Front End; assim como Flutter para trabalhar com mobile, mas tudo isso é bem diferente de um desenvolvedor Full Cycle.
Um desenvolvedor Full Cycle não está preso à stack de desenvolvimento, por assim dizer; a sua preocupação gira em torno da entrega, independente da tecnologia utilizada. Ele precisa da capacidade de pensar na arquitetura do software e no desenvolvimento, independente de ser Back End ou Front End. Além disso, ele também precisa entender uma série de ferramentas para empenhar esse conhecimento na entrega da aplicação.
É possível, sim, que um desenvolvedor Full Cycle só entenda de Back End, sem saber de absolutamente nada sobre Front End, desde que ele saiba arquitetar, desenvolver, fazer deploy e eventualmente monitorar essas aplicações.
No fim, por mais que exista uma grande diferença entre Full Stack e Full Cycle, nada impede que um desenvolvedor trabalhe com ambos. E hoje em dia a maioria das empresas ainda mantém equipes que trabalham com Full Cycle Development.
E falando sobre ser um desenvolvedor Full Cycle, você já visitou o nosso canal?
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Veja também como ser um Full Stack clicando aqui.



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